E foi isso o que aconteceu comigo.
Aos 14 anos, quando já havia concluído o Ensino Fundamental, fui atrás de uma boa escola de Ensino Médio. Meus pais sempre comentavam que a melhor opção seria fazer um Ensino Médio Técnico. E era isso o que procurávamos.
Na época existia o CEFAM (Centro Específico de Formação e Aperfeiçoamento do Magistério) que promovia o Ensino Fundamental Técnico voltado para a formação de docentes de Educação Infantil e Ensino Fundamental I.
Prestei outros vestibulinhos de outras escolas técnicas, e acabei sendo aprovada nesta escola. O fato é que eu nunca gostei de crianças, e eu não queria MESMO ser professora. Além de ser uma profissão desvalorizada no nosso país, educar 30 pequenos por dia não devia ser moleza...
Meus pais diziam que apesar de eu não gostar, o ensino daquela escola seria ótimo e eu sairia com uma profissão. Essa era a vantagem.
Topei!
Financiado pelo Governo do Estado, o CEFAM pagava aos alunos uma bolsa de estudos que equivalia a um salário mínimo. Estudávamos o dia todo. Eu ficava mais no CEFAM do que na minha própria casa.
Logo que entrei, amei tudo. O prédio, os colegas e principalmente os professores. Era realmente uma escola diferente. O vínculo que tínhamos com os colegas era tanto, que muitos deles permanecem meus amigos até hoje.
No 2° ano, comecei os estágios e percebi que as crianças não eram tão ruins assim...
Sempre gostei de brincar de escolinha quando criança e até que eu levava jeito.
Os anos foram se passando e meu amor pelas crianças e pela profissão só aumentaram.
Me formei aos 18, e logo em dezembro prestei um Concurso da Prefeitura Municipal de São Paulo para lecionar para crianças de 0 a 3 anos nos Centros de Educação Infantil.
Enquanto eu não era chamada para o concurso, trabalhei numa escolinha particular e depois numa creche conveniada.
Em 6 meses após a prova, aos 19, fui convocada pela PMSP e estou trabalhando na Prefeitura até hoje. Claro que de lá para cá, já rodei muito, mas isso é um tema para outro post.
O mais importante, é salientar que foi graças a insistência dos meus pais que eu descobri a profissão da minha vida.
O CEFAM foi a melhor escola que estudei até hoje e tudo o que aprendi lá, utilizo no meu dia-a-dia até hoje. Lembro com carinho dos ensinamentos dos meus professores e ainda tenho algumas atividades guardadas daquele tempo... Ahhh, que delícia relembrar.
E você? Qual a história da sua profissão?
Como foi parar onde está? Me conta!!!!
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