terça-feira, 24 de março de 2015

Primeira compra de imóvel

Resolvi fazer esse post porque eu tinha muitas dúvidas sobre adquirir um apartamento e acabei resolvendo por meio da internet, amigos e parentes. Talvez ajude vocês também.

Ano passado tinha uma ideia vaga na cabeça de comprar um imóvel. Um dia, uma amiga do trabalho me trouxe alguns folhetos que ela recebeu na rua de alguns empreendimentos. Eram três, mas um deles em especial me encantou...

Imagem: Via


O fato é que dias depois uma amiga me pediu que eu a acompanhasse na pesquisa de alguns apartamentos. Eu fui e acabei, sem querer, visitando aquele do folheto que me encantou. 

Visitei o decorado e fiquei mais encantada ainda.
O problema era: a grana!

Bom, eu nunca fui daquelas de guardar dinheiro. Eu não tinha um centavo furado no bolso, na carteira, na poupança, nada. A minha sorte é que eu tenho pais que guardam e um emprego público. Ou seja, para a vida toda!

Fechei o imóvel, que na época estava no valor de R$240.000,00. O fluxo seria R$48.000,00 de entrada (até o término da obra) e o restante financiado.

O meu imóvel é adquirido por meio do crédito associativo, ou seja, eu já assino o contrato com a Caixa Econômica quando as obras são iniciadas.
No entanto, após o início das obras, quem opta por esse tipo de financiamento, paga a parcela da construtora + a parcela da taxa de evolução da obra para a Caixa que é crescente, podendo chegar ao valor da parcela de financiamento. Para saber mais, clique aqui. Além disso, quem compra um imóvel na planta, precisa pagar o INCC, uma taxa que reflete a evolução dos custos da construção civil, tais como: mão de obra, equipamentos, materiais e serviços. Essa taxa, é paga para a Construtora em parcelas decrescentes.


Pra vocês terem uma ideia, só pagar a construtora é bem tranquilo, já que o fluxo de R$24.000,00 ficou dividido em dois anos. Mas quando a Caixa Econômica entra no jogo, a situação fica mais complicada.

Até o início da construção eu pagava apenas a construtora que é um valor de aproximadamente R$ 500,00. Depois que as obras são iniciadas, esse valor aumenta para R$ 2500,00 chegando bem perto do valor do financiamento.

Primeiro que você já arca com as despesas de cartório e escritura, que ficam em torno de R$5000,00. Além disso, você é obrigado a abrir uma conta corrente, adquirir um cartão de crédito, seguro de vida e seguro de imóvel para "descontar" as parcelas do financiamento. Ah, não esquecendo que a taxa de evolução da obra será debitada automaticamente da sua conta corrente que acaba de ser aberta e tem uma taxa de manutenção de conta que deve ser pago todos os meses no valor de R$7,00. Ou seja, você tem que "prever" a taxa de evolução e depositar na conta antes que o débito seja efetuado e você seja obrigado a utilizar o Cheque Especial e ficar com a conta negativa.

É claro que os gerentes dão uma previsão do que você vai gastar com a taxa de evolução da obra nesse período em que o imóvel estiver sendo construído, no entanto, eles também deixam claro que esse valor pode aumentar e ainda completam dizendo que isso é um bom sinal, porque se o valor aumenta, quer dizer que a obra está de vento em popa.

Olha, se tem uma coisa que me irrita é ir a bancos. Acompanho meus bancos todos os dias pela internet, porque tento evitar ao máximo "o roubo" por parte deles.


Posso dizer que adquirir um imóvel não é nada fácil. Mas se você ficar adiando e esperando "ter dinheiro", isso nunca vai acontecer. Sou muito certinha para as minhas contas e apesar de ter parecido loucura no começo, estou conseguindo pagar todas as parcelas. Fiz uns cortes aqui e ali e as coisas estão dando certo.

Se você não é tão certinha com as contas como eu, tome cuidado pois um financiamento vai depender de uma boa renda por muitos e muitos anos.

O caminho ainda é o mesmo: planejamento e dinheiro no bolso.

Quero ganhar e economizar mais dinheiro para ter como segurança e também, para realizar alguns desejos.


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